Supercomunicador Wave abre para 100 mil pessoas

14-10-2009 17:08
AMANDA DEMETRIO - Folha de S. Paulo (Suplemento Informática)
 
Ferramenta que integra formas de comunicação na internet chega em versão de testes e causa correria por convites, que são vendidos até em leilão

Na semana passada, 100 mil usuários do Google receberam uma novidade em sua caixa de entrada de e-mails: um convite para usar o sistema Google Wave, ainda em fase de testes.
O Wave (wave.google.com) tem a ambiciosa missão de misturar e-mail, rede social e mensageiro instantâneo (como o MSN e o Gtalk) para mudar o jeito como as pessoas se relacionam na internet.
O serviço foi anunciado em maio deste ano (veja mais em bit.ly/wave1), e a ideia do Google é que cada usuário crie e participe das ondas (wave, em inglês), espécies de unidades básicas do serviço, que funcionam como locais na internet em que as pessoas podem trabalhar e se comunicar.
Em cada unidade, a mensagem é passada de maneira integrada com texto, fotos, vídeos, mapas e mais (e esse "mais" ainda não foi totalmente dissecado pelo Google). Em suma, o serviço funciona com cada usuário criando sua própria onda e chamando os amigos para participarem. Então, os convidados podem usar todas as ferramentas supracitadas e responder ou encaminhar a onda.
Os convites liberados foram para desenvolvedores, os primeiros usuário que declararam interesse e alguns executivos e universitários, segundo o Google. Mas isso deve se espalhar, já que esses primeiros convidados devem enviar convites a outros escolhidos.
Na estreia do Wave, o Google também declarou que o serviço ainda não está pronto para ser aberto a todos. "Desde o começo, focamos em estabilidade, velocidade e usabilidade, mas o sistema ainda tem falhas."
O blog de tecnologia Lifehacker entrou no site e montou uma espécie de tour pelas telas do Wave (bit.ly/tourpelowave). A tela inicial é dividida em quatro partes: o painel de navegação (como o local em que fica a caixa de entrada do Gmail), os seus contatos, suas ondas em andamento e um lugar para abrir uma nova conversa.
Gina Trapani, a autora do tour, disse que é possível ver seus companheiros de onda digitando e interferindo, em tempo real, no processo que você iniciou. "É estranho de um jeito bom, de estarmos no futuro", disse. O Lifehacker também destacou as possibilidades de pesquisa, semelhantes às do Gmail, e elogiou a interface -"é só arrastar e jogar".
Já o site de tecnologia Cnet confirmou que o site ainda está cheio de erros e calculou que talvez leve seis meses para se tornar estável. "Os engenheiros do Google resolveram vários problemas que persistiam, mas ainda existe um longo caminho pela frente."

Corrida por convites
Nem todos os que mostraram interesse pelo Wave receberam o convite do Google. Resultado: surgiu uma onda de supostos convites circulando na internet e outra de aficionados afoitos. O fenômeno passou por Twitter e eBay.
O blog Mashable, por exemplo, encontrou um convite para entrar no Wave sendo leiloado no eBay (com lances de até US$ 70) -o item foi removido pelo site. Até a conclusão desta edição, já eram 31 ofertas.
No Twitter, surgiram perfis, como @wave_invites e @GoogleWaveNow, pedindo que replicassem suas mensagens em troca de convites. Alguns desses perfis já foram tirados do ar por "atividades estranhas".
Foi criado também o site Google Wave Invites (googlewaveinvites.com), uma comunidade que promete ajudar quem quer um convite.
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