Recrutamento pelas redes sociais com custo zero

06-05-2010 12:58
Danielle Alves - Webinsider (https://webinsider.uol.com.br/)
 
Empresas americanas usam o Linkedin para buscar talentos, mas a realidade no Brasil é bem diferente. Cada rede social tem características próprias e você precisa diferenciar os candidatos e não cometer erros comuns ao processo.

Um estudo divulgado pela companhia americana Jobvite, especializada em recrutamento online, mostrou que muitas empresas já adotaram como rotina a busca por candidatos nas redes sociais.

Até aí, nada de novo. Mas, de acordo com o levantamento, 95% das empresas consultadas na pesquisa afirmam utilizar o Linkedin na busca por talentos.

Aqui no Brasil, faz pouco tempo que o Linkedin começou a despertar a atenção dos departamentos de recursos humanos, que já utilizavam outras fontes como Facebook e Twitter, uma estratégia que certamente veio para ficar.

Isso acontece porque por meio das redes sociais quebramos a barreira das distâncias entre candidatos e empresa e ampliamos a possibilidade de atrair cada vez mais pessoas, de diferentes lugares e culturas, com custo praticamente zero.

Além disso, os recrutadores têm acesso imediato a uma série de informações acerca dos candidatos. São dados que facilitam a identificação do melhor perfil e fortalecem a comunicação entre empresa e profissionais no mercado.

Tudo isso acaba agilizando o processo de recrutamento e seleção. Faz com que a empresa tenha uma maior assertividade na contratação de um profissional.

No entanto, um equívoco bastante comum cometido por recrutadores e caçadores de talentos é querer acionar as redes sociais como quem lança ao mar uma rede de pesca.

Tal prática resulta em desperdício de recursos e, em especial, de tempo, pois se analisa uma avalanche de currículos de pessoas que nada têm do perfil que se busca.

Ou seja, acionar a rede social certa é como pescar com arpão: direto ao ponto, direto à pessoa mais próxima possível do perfil desejado.

É por isso que antes de iniciar uma busca por candidatos, o contratante tem de ter em mente onde ele está.

Por exemplo, o recrutamento de candidatos para uma agência de comunicação pede uma divulgação mais informal, já que muito provavelmente esse profissional estará no Facebook, Orkut e principalmente no Twitter

Já no Linkedin, as empresas procuram currículos mais densos e estruturados, evidenciando uma cuidadosa gestão de carreira e resultados obtidos em cargos anteriores e alguma vivência internacional.

Facebook e Orkut são identificadas neste meio como redes mais pessoais. Nelas encontramos informações que vão além do âmbito profissional. E essas informações são igualmente úteis.

Às vezes, as pessoas se revelam diferentes da imagem que querem demonstrar através dos currículos. As comunidades às quais pertencem, o que escrevem, as fotos que expõem revelam mais delas do que algumas dinâmicas de grupo.

No entanto, as redes sociais não devem ser utilizadas como único recurso de recrutamento e seleção.

A melhor forma de utilizá-las é como um recurso complementar do processo, sendo mais uma fonte de informação e atração de candidatos.

De toda maneira, elas não podem de forma alguma ser ignoradas, pois fazem parte dessa geração de talentos que desejamos atrair.

Devemos ainda ficar atentos ao tipo de cargo que estamos selecionando, pois nem todos os perfis profissionais estão inseridos nas redes.
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