"NY Times" diz que vai continuar aberto para redes como Twitter

11-06-2010 14:31
Da Redação - Folha de S. Paulo
 
Jornal afirma que não vai cobrar por parte do seu conteúdo on-line a partir do ano que vem

Grupo pediu que Apple parasse de vender em sua loja virtual um dos aplicativos mais bem-sucedidos do iPad

O "New York Times" afirmou que o seu conteúdo continuará aberto para as redes sociais (como Facebook e Twitter) a partir do ano que vem, quando já anunciou que começará a cobrar pelo acesso ao seu material.
"As pessoas terão a chance de entrar no site e ler um certo número de páginas. Grátis. Também vamos manter aberto o acesso das redes sociais. Se alguém receber um link do "New York Times", poderá abri-lo", disse Arthur Sulzberger, presidente do grupo de mídia, de acordo com o site E-consultancy.
Jornais como o britânico "The Times" já disseram que vão fechar todo o seu conteúdo grátis, o que, na prática, impede que os links de seus textos sejam proliferados em serviços como o Twitter.
As declarações de Sulzberger são mais um sinal do modelo de cobrança que o jornal deverá adotar em 2011. Tudo indica que ele vai seguir o exemplo do "Financial Times", que impõe um limite de dez páginas grátis por mês -o jornal norte-americano, porém, ainda não disse qual será a sua cota mensal.
Mas o jornal de economia exige que o internauta faça um registro para poder acessar as suas páginas. O "New York Times" sinaliza que não vai adotar a mesma ideia.
Isso porque Sulzberger, ao ser questionado sobre a possibilidade de os internautas limparem os cookies (registros dos sites visitados pelo computador) para evitarem ter que pagar, respondeu: "Sempre existiram e vão existir maneiras de não pagar por um jornal. Você pode roubar hoje um exemplar da banca, se quiser".

DISPUTA COM A APPLE
Ao mesmo tempo em que define o modelo de cobrança por conteúdo, o "New York Times" entrou em uma disputa com a Apple por um dos aplicativos mais bem-sucedidos do iPad, aparelho que é uma das promessas para as empresas jornalísticas aumentarem o seu faturamento com publicidade.
O New York Times Company pediu que a Apple removesse da sua loja o aplicativo Pulse, que é um agregador de notícias.
A reclamação é que o aplicativo usa um serviço gratuito (o agregador RSS) e cobra pelo produto: US$ 3,99.
A Apple inicialmente retirou o aplicativo da sua loja, mas logo voltou a vendê-lo.
Voltar

Procurar no site

© 2008 Todos os direitos reservados.