Armani e Valentino se rendem à internet e abrem lojas virtuais

08-12-2009 15:16
DA BLOOMBERG - Folha de S. Paulo
 
As casas de moda italianas, entre elas a Giorgio Armani e o Valentino Fashion Group, que tradicionalmente desprezavam a internet, estão testando lojas virtuais nesta temporada em busca por novas fontes de receita.

A recessão, a pior desde a Segunda Guerra, e a aceitação, pelos italianos, das compras pela internet -mesmo para artigos caros- estão levando a um aumento no uso das lojas virtuais no setor de luxo. O designer Roberto Cavalli e a fábrica de sapatos Salvatore Ferragamo abriram "e-lojas" nas últimas cinco semanas.

"Prevejo um boom significativo nas vendas de artigos de luxo pela internet no período de Natal", disse Alessandro Perego, professor encarregado de pesquisa sobre comércio virtual na Escola de Administração da Politécnica de Milão. "Nos últimos 12 meses, o número de sites aumentou significativamente. As taxas de crescimento em 2010 se equipararão ou ultrapassarão as deste ano."

Consumidores mais jovens, com mais experiência de internet e com "vergonha do luxo", que faz com que os clientes evitem entrar em butiques, contribuem para o boom das vendas virtuais de moda. Prevê-se que as vendas pela internet de bens de luxo na Itália subam 42%, para 335 milhões (US$ 500 milhões) neste ano, segundo a Politécnica.

Comparativamente, no setor da moda como um todo, as vendas declinaram 6%, para 3,48 bilhões, segundo pesquisa do consultor de moda Carlo Pambianco.
"As pessoas se sentem culpadas em sair para fazer compras", disse Paola Durante, diretora do Bank of America Merrill Lynch, em Milão. Algumas pessoas talvez se sintam mais à vontade comprando de casa ou do escritório, pela internet.

As marcas de luxo estão disponíveis na web americana há ao menos quatro anos.
Segundo estudo da Deloitte, cerca de 14% dos italianos farão suas compras de fim de ano pela internet, Mais escolha, evitar as lojas lotadas e falta de tempo para fazer compras estão entre os motivos citados para tanto. A maior desvantagem é não poder ver ou tocar diretamente os artigos.

Os livros ainda são o artigo mais desejado para compras on-line na Itália, seguidos de roupas e sapatos.
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