A verdadeira crise

08-06-2009 18:07

    A crise econômica, que chegou como uma avalanche através da mídia brasileira em outubro de 2008, seria facilmente percebida muito antes se os nossos tradicionais comentaristas econômicos tivessem um pouco mais de conhecimento e não somente informação.     É simplesmente inadmissível que nenhum comentarista econômico das grandes redes de televisão e da imprensa escrita brasileira, tenha conseguido fazer uma avaliação antecipada do que estava para acontecer na economia norte americana.
    Sabemos claramente que não foi de uma semana para outra que o país mais rico do planeta viu sua atividade econômica entrar em declínio e temos também a plena certeza que não foi, como agora já esta comprovado a chamada “bolha imobiliária“ a causadora deste triste episódio.
    Basta acompanhar o crescente gasto militar dos Estados Unidos nos últimos anos e a gradativa diminuição dos benefícios sociais que sofreram seus cidadãos, para imaginar que a roda do crescimento seria interrompida, digo, crescimento da sociedade como um todo, pois a indústria bélica e a petroleira nunca estiveram tão bem.
    
Mas como um país não vive apenas de armas e petróleo, chegaria o momento em que a supressão das conquistas sociais adquiridas em décadas, iriam refletir na sociedade como um todo.
    
Mas nosso objetivo neste artigo, não é falar da crise em si, mas de como os  nossos “sábios” comentaristas econômicos que até uma semana antes da crise elogiavam a política econômica da nação mais rica do mundo, simplesmente não imaginavam o que já estava acontecendo.
    
Ouvíamos todos os dias os elogios a respeito das aplicações e porque não dizer, das especulações que se faziam nas bolsas de valores de todo o mundo, principalmente quanto ao índice Dow jones e Nasdaq, os elogios ás grandes fusões, reengenharias e mecanismos das grandes corporações, que agora vêem a público pedir dinheiro aos governos mundiais pois estão literalmente falidas.
    
Mais do que uma crise econômica, vivemos uma crise de conhecimento, nossos comentaristas precisam saber o que dizem e não apenas transmitir informações.
    Isto comprova que a ânsia desesperada do mundo econômico por estar bem informado, deve primeiramente para poder sobreviver, ter conhecimento, conhecimento este, que não se adquire lendo e transmitindo notícias apelativas, mas sim no estudo profundo da história da economia humana.
    Vivemos sim, um período de crise, mas não ocasionado por uma “bolha,” por falências, por falta de liquidez ou de crédito, mas uma crise ocasionada pela falta de conhecimento.

 

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